28 de outubro de 2015

Dependência Química de Substâncias Psicoativas - Luiza Gosuen

O uso de substâncias psicoativas é uma prática usada desde a antiguidade em alguns rituais de diferentes culturas. Atualmente, o uso descontrolado dessas drogas tem sido um dos principais problemas de saúde pública. 
O cigarro(nicotina), canabinóis (maconha), substâncias á base de cafeína, álcool, tranquilizantes, anabolizantes e inibidores de apetite estão sendo usados de maneira frequente e até receitadas como medicamentos , prescritos de maneira legal  e muitas vezes conseguidas no mercado paralelo e usados de maneira indiscriminada.

A metanfetamina- uma droga que surgiu nos anos 90, composta de várias anfetaminas misturadas que tem alto poder estimulante, com o potencial da heroína e tão barata como o crack. Seu efeito quando atinge o ápice provoca uma grande euforia, cinco vezes mais potente que a satisfação provocada pelo orgasmo. 
Conhecida entre usuários como manivela, cristal ou vidro é
consumida de 3 maneiras: Injetada, Inalada ou Fumada e gera fortes alucinações. Seu poder é avassalador e os efeitos colaterais vão desde depressão severa, psicose paranóica, insônia, falta de apetite, delírios, obsessões com reações repetitivas e ranger de dentes de forma frenética até corroer e apodrecer os dentes.

Maconha - substância macerada extraída da queima da folha e caule seco da Cannabis Sativa e depois é consumida como fumo. Os efeitos físicos que ela  provoca no organismo vão desde olhos avermelhado, boca seca, tremor nas mãos, taquicardia, disfunção motora e muscular provocando também efeitos psíquicos como alucinações, relaxamento, ansiedade, visão e audição alterada, aumento de apetite e modificação no humor e na concentração.

O uso crônico pode levar a perda da realidade, memória prejudicada, falta de sono, desmotivação pela vida social e isolamento.

Cocaína e Crack - são anfetaminas, drogas com efeitos estimulantes que alteram o Sistema Nervoso Central, aumentando as atividades do cérebro e bloqueando as células inibidoras.
Extraída da folha da coca e consumida de diferentes formas. Quando aplicada na veia por via intravenosa ou quando em forma de fumo o efeito é mais intenso do que quando inalada(cheirada).
Os efeitos físicos que provocam no corpo começa com aumento na temperatura, aumento na pressão arterial, tremores e dilatação da pupila (Midríase). Já os efeitos psíquicos são de alegria e bem estar, desinibição, atividade motora aumentada. Se o consumo for grande os efeitos passam para irritabilidade, desconfiança, ansiedade, alucinações auditivas e visuais, letargia, hipersonia levando até ao suicídio, principalmente no uso injetável que pode levar a arritmias cardíacas, convulsões, doenças sexualmente transmissíveis e síndromes com altos níveis de mortalidade. A droga quando fumada em forma de crack, devido a temperatura que é aquecida antes de ser consumida, produz lesões no aparelho respiratório e também por ter a fumaça aspirada com muita avidez pelo usuário. Quando usada por via nasal causa atrofia da mucosa nasal podendo provocar perfurações no septo nasal.

Ectasy e LSD (Lyserg Säure Diethylamid ou Dietilamida Ácido Lisérgico) - São drogas sintéticas muito usadas em festas tipo raves que duram até uma semana com músicas eletrizantes e muita ingestão de bebidas e drogas. Os usuários ao final da festa ficam fisicamente exaustos, completamente desidratados e com as atividades mentais comprometidas podendo levar a alterações psicológicas causados por disfunção cerebral, perturbações sensoriais, diminuição do senso de perigo para si e para os outros, podendo até desencadear doenças psiquiátricas como a esquizofrenia.


Heroína - Conhecida como o analgésico que mata, a heroína é uma droga sintética onde se extrai o ópio, um alcalóide obtido através de incisões na flor da papoula que escorre um líquido viscoso e ao secar se transforma numa massa escura e pegajosa e  que depois de depurada vira um pó branco. Ao ser injetada, atua no sistema respiratório e sistema nervoso central como poderoso depressivo causando letargias e aliviando dores e angústias. Quando utilizada de forma injetável, inalada ou aspirada causa forte dependência química. A droga tem efeito duradouro e impede a formação de endorfinas, que são analgésicos naturais produzidos pelo organismo, isso porque a própria droga se encarrega de produzir, imitando o efeito da endorfina e causando dependência do usuário na medida que exagera o efeito fazendo com que o usuário venha a consumir cada vez mais para suprir a dor que ele sente.
O processo de abstinência é extremamente difícil e muito doloroso para o usuário que com muito esforço e tratamento pode conseguir superar, apesar de ainda ficar por anos a fio com a vontade de voltar ás drogas e com sequelas que podem persistir.

Ver também:

_ Alcoolismo - Uma luta desigual
http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/02/alcoolismo-uma-luta-desigual-luiza.html

_ Usuário de drogas. Como saber?

http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/02/usuario-de-drogas-como-saber-luiza.html

25 de setembro de 2015

Transtorno Compulsivo Alimentar e Obesidade - Luiza Gosuen

Sua vida está sem sentido, nada dá certo. Dentro do armário e da geladeira tem a solução, você então, sem pensar em mais nada, pega tudo que tem lá, senta frente a TV, liga o celular desesperado(a) para ver se tem alguém chamando você e começa a batalha.... Comer tudo que achar pela frente. Começa aí  sua derrota.

O transtorno compulsivo alimentar tem como característica principal a ingestão de alimentos - de forma descontrolada, quase sem intervalos. São grandes quantidades de alimentos que não são saudáveis e o mais agravante sem que a pessoa esteja realmente com fome. A Obesidade surge em decorrência desses fatores e esse distúrbio, quase sempre é desencadeado por problemas emocionais que geram uma ansiedade grande e a pessoas que não conseguem resolver seu conflito pessoal ou de ordem emocional levam para o lado mais fácil que é comer e comer, como se destruindo os alimentos destruíssem também o que as incomodam.



O obesidade é o acúmulo de gordura no organismo e a comida não é o que causa o problema, ela sempre será o sintoma que reflete o que o paciente está sentindo. E isso pode ser constatado quando o paciente consegue efetivamente fazer a dieta de forma correta. O emagrecimento ocorre de maneira eficaz só que se não resolver a causa do problema que provoca a angustia, ansiedade e autoestima rebaixada, tudo volta como antes ou até pior. O mesmo ocorre quando são feitas as operações bariátricas ou seja, com o tempo o paciente volta a ser obeso.

Além do peso excessivo, a obesidade leva a alterações nas taxas de glicose no sangue e colesterol e podem também levar a ocorrência de problemas de circulação e cardíacos. Algumas pessoas acumulam mais gordura no corpo do que outra, comendo a mesma quantidade, isso pode ser em decorrência de aspectos metabólicos ou genéticos. 
Devemos considerar também as doenças endócrinas  que  provocam desequilíbrio hormonais e maior propensão a engordar, como o hipotireoidismo.

Obesidade é uma doença que traz riscos físicos e emocionais e que deve ser levada a sério.

A gordura visceral, aquela que forma aquele pneu grande em volta da barriga, é muito perigosa para a saúde. O tolerável para homens é uma circunferência de até 102 cm e para mulheres é de 88 cm. Use a fita métrica.



Para saber o índice de massa corporal (IMC) use de uma fórmula simples. 
IMC= peso/ altura² , ou seja pegue o seu peso e divida pela sua altura . O resultado você multiplica pela sua altura.Veja os resultados na tabela abaixo:



**IMPORTANTE
1- Se não conseguir calcular, entre nesse link, que basta apenas colocar os dados e já tem o resultado: http://www.indicedemassacorporal.com/

2- O cálculo para criança e adolescente é diferente , entre nesse link e digite os dados e já dá o resultado
http://www.telessaudebrasil.org.br/apps/calculadoras/?page=7

  
O adipômetro é uma pinça que mede também a quantidade de gordura, através  da dobra da pele. Os melhores lugares  no corpo, para se obter essas medidas são no bíceps, abdômen, coxas, tríceps, axila média e pernas.





Outro fator que influencia, agora pelo fator escassez no alimentar, também é muito preocupante e gera doenças como a Anorexia e BulimiaVer mais sobre o assunto aqui: 
 http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/07/anorexia-e-bulimia-uma-angustia.html

13 de setembro de 2015

Distúrbio da Comunicação na fala - Luiza Gosuen

O distúrbio da fala é a dificuldade que a pessoa tem para pronunciar as palavras ou alguns fonemas com clareza e isso, nem sempre tem ligação com a capacidade de raciocinar. Esses distúrbios da linguagem podem ocorrer devido a problemas motores, traumatismo craniano, tumores cerebrais, perda auditiva, deficiência intelectual, acidentes graves com lesão cerebral,  acidente vascular cerebral, senilidade e demência.  

O desenvolvimento da linguagem é o que nos diferencia na categoria de seres inteligentes. Esse desenvolvimento obedece a estágios da comunicação oral e, quando ocorrem prováveis distúrbios, esses devem ser observados, avaliados e trabalhados antes que interfiram em outros estágios do desenvolvimento da criança.

Tudo começa logo que a criança nasce, onde a primeira comunicação se faz com a mãe através de estímulos visuais. Esse processo de comunicação vai se aperfeiçoando com o desenvolvimento motor, vivências e atividades da vida diária.

Algumas vezes esse processo não desenvolve adequadamente e para isso vamos ver como são as fases que se espera para atingir uma boa comunicação oral e, quando isso não ocorrer, temos como reverter muitos casos através de tratamentos com ajuda da psicologia, musicoterapia, fonética, linguística e fonoaudiologia, inclusive casos de acidentes graves onde adultos perdem a fala e precisaram passar por todo o processo de reaprendizagem da linguagem. 

A linguagem e a fala acontecem, geralmente, nos seguintes períodos:

• até 2 meses: choro reflexo e sons inexpressivos:
Considera-se, aqui, a atenção dada a essa criança, onde as pessoas que lhe são próximas devem conversam com o bebê, gesticulando, sorrindo, fazendo brincadeiras olhando nos olhos da criança e estimulando-a a acompanhar os movimentos.

• até 6 meses: sons monossilábicos e vogais:
Em muitos casos, a criança, ou já está num berçário, numa creche ou fica sob os cuidados de terceiros quando a mãe retorna ao trabalho. Esse é um momento importante onde podem surgir as primeiras alterações, caso essas pessoas responsáveis pela criança não a  estimulem como estava sendo feito até esse momento pelos pais. Porém, pode acontecer também com mães que não trabalham e que não estimulam  seu bebê, mantendo-o sempre dormindo ou no colo, sem brincar ou conversar com a criança.

• até 8 meses: sons polissilábicos e balbucios:
Esse momento é preciso, além de conversar, também interagir com o bebê. Deve-se apresentar objetos que emitam sons e movimentos para ativar a reação da criança que irá pedir "mais", bater palminhas, dar risadas, apontar para que seja repetido a brincadeira e irá tentar imitar os sons dos objetos ou da fala de quem está com ela.

• até 18 meses: primeiras palavras compreensíveis:
São usadas por volta de até 20 palavras.
Se não estiver acontecendo esses primeiros sons já é um sinal de que alguma coisa fora da normalidade está acontecendo. A estimulação pode estar inadequada ou se a criança não estiver apresentando interesse, deve-se investigar desde o nível audiométrico até o comportamento de quem cuida e também do ambiente em que o bebê fica durante todo o tempo. Normalmente em creches onde o número de crianças é grande, pode acontecer da criança que é mais tranquila ou que usa a chupeta o tempo todo, ficar esquecida na cadeirinha ou no berço em detrimento de outras crianças mais agitadas ou que choram muito para chamar a atenção.

• até 24 meses: são usadas poucas palavras-frase:
O vocabulário contendo aproximadamente 200 palavras é o esperado. As crianças conectam palavras em frases curtas.
Uma situação comum também e que pode alterar o quadro de desenvolvimento da linguagem nesse estágio é quando o bebê tem pais estrangeiros e cada um fala um idioma ou se expressam com sotaques, isso poderá retardar a emissão das primeiras palavras, sendo que muitas vezes a criança emite sons parecidos com o que os pais falam, porém sendo incompreensíveis.

• até 36 meses: formam sentenças combinando 3 a 5 palavras, e já usa algumas palavras no plural. 
Outras vezes, quando é perguntado algo à criança ela responde com a entonação que deveria, porém o que diz é um emaranhado de sons, ocorrendo apenas uma ou outra palavra que seria o esperado para aquela resposta.
Quando isso acontecer não devemos achar que é bonitinho e estimular a criança a falar assim, mas de maneira tranquila, parar o que estamos fazendo e ajudar a criança a formular a frase de maneira correta e repetir até que ela consiga corrigir falar o que está tentando expressar.

Quanto ao uso do plural, obtém-se sucesso começando com brinquedos iguais ou utensílios repetidos para que a criança possa perceber efetivamente o que é plural,  e sempre estimular a fala de maneira correta, falando pausadamente e olhando para a criança a fim de que ela possa perceber os movimentos de seus lábios e da língua quando na emissão do som.

• até 48 meses: clara sintaxe no falar, vocabulário de até 1000 palavras, fala completamente inteligível. Espera-se que a criança use 90% dos conceitos gramaticais corretamente.
Se isto não estiver ocorrendo é preciso conversar com os monitores ou professores da criança e levar para uma avaliação fonoaudiológica, onde será observado a degustação, dentição, respiração, posição da língua na hora da pronúncia, se está fazendo uso de chupeta e como é trabalhado a comunicação com essa criança.

Superando todas essas etapas, o desenvolvimento da fala estará pronto e se apresentará assim:

• aos 5 anos: repertório de 6000 a 10.000 palavras;
• aos 7 anos: reprodução correta de todos os sons da fala.

Esta não é uma regra rígida, podendo sofrer alterações de acordo com cada caso e, nem sempre o não acompanhamento do que é esperado será um transtorno; pode estar sofrendo outros tipos de acontecimentos no ambiente familiar ou escolar que deverão ser investigados, pois geralmente a criança passa a maior parte do dia nesses locais.

O desenvolvimento da fala e/ou linguagem diferencia-se em distúrbios orgânicos e não orgânicos. Nos orgânicos, ocorreria uma falha nos órgãos periféricos e/ou no sistema nervoso central. Já os não orgânicos envolveriam questões ambientais e emocionais.


Como já foi mencionado, os atrasos da linguagem podem ocorrer devido a vários problemas, entre eles podemos citar: retardo mental, perda auditiva, atraso na maturação, gagueira, desordem expressiva da linguagem (disfasia ou afasia), bilinguismo, autismo, mutismo seletivo (incapacidade de se expressar em determinadas situações por ansiedade ou medo), paralisia cerebral e privação psicossocial (descuido afetivo ou nutricional).

Estudos descrevem como sendo a perda auditiva e o retardo mental as duas causas mais freqüentes de dificuldade na aquisição da linguagem e/ou fala.


Quando for observado qualquer distúrbio da fala é necessário uma avaliação minuciosa e precoce de todos os fatores que possam estar relacionados à instalação dessa alteração, para um diagnóstico etiológico adequado. 
Neste contexto, o papel do otorrinolaringologista, fonoaudiólogo e do psicólogo é fundamental para a detecção de possíveis perdas auditivas e reabilitação precoce.
Lembre-se:  a melhor estimulação, a que desenvolve não só a linguagem mas o desenvolvimento físico, motor e intelectual de uma criança é o amor de seus pais, o aconchego do lar, a atenção dos monitores e principalmente o brincar muito com seu bebê para que ele sinta que é amado e tenha total confiança em manifestar todas as suas emoções, assegurando uma futura comunicação social de maneira rica. 

O que pode causar distúrbios de comunicação?


Afasia- É um sintoma neurológico decorrente da perda da capacidade de compreender e expressar ideias, podendo afetar também a escrita e fala . Algumas vezes decorrente de um acidente vascular cerebral, de infecções ou manifestações degenerativas. Existem diversos tipos de afasia, mas em todas as formas o sintoma principal é a perda da capacidade de se expressar de maneira clara ou de compreender a linguagem falada e escrita.


Autismo- É um transtorno no desenvolvimento que envolve dificuldade no domínio da comunicação oral, comportamento padrão repetitivo, inabilidade e restrição no convívio social.
O autismo pode se manisfestar de maneira muito diferentes em crianças pequenos, já que alguns deles têm uma capacidade de linguagem desenvolvida e outros não falam.
Pesquisa recente em bebês com autismo mostrou que alguns desenvolveram uma boa habilidade na linguagem devido a atividade neuronal nas áreas do cérebro responsáveis pela linguagem ser similar a das crianças sem a doença.
Ver mais sobre Autismo:
http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/05/autismo-uma-dor-desconhecida-luiza.html

Dislexia - É a dificuldade na aprendizagem da leitura por não conseguir fazer o reconhecimento correspondente do símbolo gráfico e o fonema(som), bem como transferir esse signo escrito(letra) para a verbalização(fala). Acontece também esse fato, quando a pessoa sofreu uma lesão do sistema nervoso central e altera a leitura que ela tinha anteriormente.
Ver mais sobre Dislexia:
http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/04/dislexia-transtorno-de-aprendizagem.html


Disartria - É um transtorno motor devido a uma lesão do sistema nervoso central e periférico. Diferente da Afasia Motora que não é um distúrbio de linguagem e sim de expressão e de compreensão das palavras. 
Na Disartria o paciente tem basicamente dificuldades com a articulação das palavras devido a paralisia nos órgãos de fonação.

Disgrafia- É um dos aspectos da Dislexia. A disgrafia é caracterizada por problemas com a Linguagem Escrita, que dificulta a comunicação de idéias e de conhecimentos através desse específico canal de comunicação. Alguns disgráficos possuem letra mal grafada mas inteligível, porém outros cometem erros e borrões que quase não deixam possibilidade de leitura para sua escrita cursiva, embora eles mesmos sejam capazes de ler o que escreveram e alguns   
podem ter dificuldades em matemática (Discalculia).


Dislalia- É um distúrbio de fala conhecido popularmente como "Cebolinha" por apresentar dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, seja omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas. 

Essa prática pode parecer até "bonitinha" para algumas pessoas, porém não deve ser estimulada por terceiros ou ser motivo de risadas entre irmãos ou coleguinhas de escola e sim, ter apoio de pais e professores para motivar a criança a falar corretamente. 
Caso não consiga procure um fonoaudiólogo.


Fissura labiopalatal- Conhecido popularmente como lábio leporino é uma abertura no lábio, devido a uma má formação do lábio e do palato (céu da boca) do bebê. O lábio e o céu da boca desenvolvem-se separadamente durante os três primeiros meses de gestação. Nas fissuras o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta, podendo ocorrer o mesmo com o céu da boca, o que causa problemas na comunicação da linguagem oral. 

A Ecolalia parece ser um dos aspectos mais frequentes observados sobre linguagem de crianças psicóticas. 
É considerada uma característica importante encontrada em crianças com Síndrome de Asperge e com Síndrome de Autismo Infantil. 

Também verificamos em pacientes com Esquizofrenia Catatônica e são repetições automáticas e involuntárias dos vocábulos ou do final de frases que ele ouviu de outras pessoas pronunciando ao seu redor.


A Disfemia conhecida popularmente como "Gagueira" é a mais comum desordem de fluência da fala. Os sintomas são a repetição de sílabas, os prolongamentos de sons e os bloqueios dos movimentos da fala, sobretudo na primeira sílaba no momento em que o fluxo suave de movimentos da fala precisa ser iniciado. É uma alteração no ritmo regular da fala, onde a pessoa pensa mais rápido do que consegue articular as palavras.

**Os tratamentos em geral são realizados por equipe de profissionais em psicologia, psicopedagogia e fonoaudiologia e, em alguns casos com orientação de neurologista.

4 de setembro de 2015

Orientação Sexual/ Identidade de gênero/Mudança de sexo (Vídeo) - Luiza Gosuen




Há alguns anos atrás, felizmente não mais, ouvia-se com certa frequência, notícias dando conta de que alguns profissionais da área de saúde enfrentavam problemas por atenderem pacientes heterosexuais com dificuldades de autoaceitação em sua definição sexual ou pessoas com transição de gênero. 

Desde quando eu ainda era estudante de psicologia, havia intensas discussões sobre o tema homosexualidade, existindo correntes radicais que chegavam ao absurdo de  classificar essa opção sexual como "doença".


As pessoas são livres, ou pelo menos deveriam ser, para fazer escolhas na vida. Toda escolha, como sabemos, têm consequências. Não é diferente em relação às escolhas ligadas à sexualidade.

A pergunta é a seguinte: Uma pessoa que optou pela homosexualidade ou transexualidade mas que por "n" motivos não tem se ajustado a esta escolha - não pela sua decisão, mas por problemas familiares ou até mesmo por discriminação na sociedade e no trabalho - vindo a desenvolver intenso desconforto e até sofrimento emocional por causa disso, deve buscar qual tipo de ajuda para resolver esse desconforto? 

A resposta é simples. Não é um problema fisiológico ou físico, portanto não é doença. A indicação é que seja procurado um Psicólogo por se tratar de problemas que envolvem condições emocionais. Esse conceito  "doença", como muitos ainda insistem em classificar por simples desconhecimento e até por ignorância, ficou disseminado por muito tempo na sociedade e que agora, por fim, está caindo por terra.

A Psicologia, como ciência, está a serviço do bem-estar emocional das pessoas. Ajudar profissionalmente alguém que demonstre claros conflitos sobre sua opção sexual trata-se de corroborar para que o indivíduo reafirme ou não sua opção sexual mas, ao fazê-lo, que esteja harmonizado consigo mesmo e cônscio de seu papel assumindo-se como homo, hetero ou transexual.


Existem pessoas que definem sua homosexualidade ou transexualidade e possivelmente lidam bem com sua escolha sem medos de serem aceitas, mas quando isso trouxer algum embaraço é preciso procurar orientação profissional. Estou certa de que, os profissionais habilitados em Psicologia ajudarão com uma abordagem assertiva e técnicas apropriadas focadas nas necessidades do paciente para enfrentar os problemas, medos e preconceitos que possam surgir na fase de afirmação ou de transição dependendo de cada pessoa  e de sua família, que pode ou não dar o apoio necessário nessa fase.


Isso pode ocorrer inclusive quando a pessoa já está casada/o, e percebe que sua sexualidade não está lhe trazendo prazer como pessoa e quer mudar esta situação de maneira sincera com seu parceiro/a.  Reafirmo que não é um "tratamento" porque não se trata de uma "doença", mas de uma assistência profissional ao paciente e muitas vezes estendido também a seus familiares.



Tipos de Orientação Sexual:

* Heterosexualidade

Caracterizada pela atração sexual e afetiva entre pessoas de sexos opostos.

* Homosexualidade

Atração sexual e afetiva entre indivíduos do mesmo sexo. Comumente, chama-se "gay" para designar a relação entre homens e "lésbica" quando ocorre entre mulheres.
* Bisexualidade
Atração sexual e sentimental com relacionamento tanto com pessoas do mesmo sexo e também do sexo oposto. 

*Pansexualidade

Também conhecida polisexualidade é caracterizada pela atração sexual ou afetiva por pessoas independente do gênero ou sexo entre elas. Não tem preferência sexual definida, sentem-se atraídos por todos os tipos de pessoas, inclusive por transexuais e intergêneros.

* Asexualidade

É a falta de orientação e desejo sexual. As pessoas asexuais não sentem desejos sexuais e não sentem atração física por nenhuma pessoa. Não se identificam com nenhuma orientação sexual definida. Podem até criar um laço afetivo com alguém, porém sem relacionamento sexual.

* Intergênero

Não é uma orientação sexual. Os intergêneros não se identificam nem como homens nem como mulheres. Podem ver-se como uma fusão de homens e mulheres. Combinam as duas identidades de gênero. Alguns se percebem como sendo um pouco da identidade masculino e feminino. 


Transexualidade

É quando uma pessoa não se sente identificada com o seu corpo e com a identidade que foi-lhe dada quando nasceu, ou seja seu gênero psicológico não corresponde ao físico. Isso pode acontecer já desde a infância onde se percebe que o menino se sente uma menina ou o contrário, onde a menina se identifica como sendo um menino. 
A transexualidade é diferente de homossexualidade, pois o homem homossexual não se sente mulher, sente-se homem, mas sua preferência sexual é apenas por homens. É considerado ser um transexual quando ele sente-se uma mulher e pode se relacionar com homem, com mulher e até com casais, porém será a orientação de seu gênero que irá definir sua orientação sexual e sua preferência sexual. 
Ortofaloplastia é a cirurgia que faz a mudança de sexo. A Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS) ou Trangenitalização  proporciona a conversão de maneira radical e definitiva para que o homem faça a retirada de seu pênis e a mulher prolongue seu clitóris. Essas cirurgias são realizadas pelo SUS desde 2008.

**Importante**
Se você tem alguma dúvida sobre sua sexualidade, avalie suas sensações, pondere melhor sobre o assunto e, se constatar que não está satisfeito com o que deveria lhe proporcionar prazer procure ajuda médica e psicológica para orientá-lo(a) a lidar e viver com a sua sexualidade de forma mais saudável e sem conflitos. Tudo é passível de mudança e sempre o momento é agora.

1 de setembro de 2015

Síndrome do Pânico (Teste) - Um medo oculto - Luiza Gosuen

"De repente, alguém sem motivo aparente, diz estar sentindo falta de ar, boca seca, sensação que vai desmaiar, as pernas tremem, ondas de calor ou de frio, sensação estranha no peito, sufocamento e medo de morrer.
Estes são alguns dos sintomas mencionados pelas pessoas acometidas pela Síndrome do Pânico, mais um dos transtornos psicológicos gerados pela intolerância  e sobressaltos da vida moderna e que eu defino como:  Medo Oculto". Luiza Gosuen


Algumas vezes, tudo é confundido com os sintomas de Ansiedade frente a situações novas ou que causam estresse, porém na Síndrome do Pânico que é uma doença psiquiátrica, as manifestações são mais intensas e surgem inesperadamente, sem que a pessoa  tenha nada de novo acontecendo em sua vida. Ela estava bem e em questão de segundos surge essa sensação que a pessoa julga estar enlouquecendo ou que vai morrer, com isso o sistema normal do organismo dispara um alerta para que a pessoa possa reagir a essa ameaça e como não tem nenhuma ameaça iminente, o alerta dado foi desencadeado desnecessariamente, causando então o descontrole das sensações e o medo irracional por algo que não está acontecendo.

Ansiedade é um estado emocional normal e comum. Todos nós sentimos e passamos quase todos os dias por um ou outro motivo como as preocupações geradas pela vida agitada, desemprego, dívidas, provas de vestibular, doenças em família, morte de pessoas queridas etc... Ela surge por receio de não conseguir realizar a atividade no tempo previsto, de não ser aprovado ou qualquer outro fracasso, mas são situações contornadas e muitas vezes até sem a necessidade de medicamentos.
Já quando a ansiedade é patológica, ou seja, deixa de ser uma preocupação e sim um sofrimento intenso, causando prejuízo em sua vida produtiva, afetiva e social, passa a ser um dos sintomas agravante da Síndrome do Pânico. 

O Transtorno do Pânico é mais comum em jovens e mulheres, com frequência menor em homens. Atribui-se os fatos de problemas de alterações hormonais e instabilidade emocional  contribuírem  para as crises nas mulheres, devido ao registro de maior incidência de casos nessa fase, porém não se tem comprovação científica.

Não se sabe por que isso ocorre já que não é em decorrência de problemas físicos. Surge subitamente com ou sem fatores desencadeantes, se instala causando muitos prejuízos ao paciente e, mesmo depois de um tempo sem as crises, os ataques de pânico poderão ser recorrentes dependendo da situação que o paciente enfrentar - ou com um problema semelhante ao que gerou a situação original ou com um outro episódio que cause novo transtorno. O que para muitos pode ser uma situação corriqueira, para quem está com o Transtorno do Pânico é um sofrimento terrível.

O que sabemos com certeza é que uma mudança radical ocorre na vida do indivíduo. 
A pessoa que tinha uma vida tranquila e despreocupada, depois do transtorno se torna mais atenciosa e mais atenta a tudo, com medo que possa voltar a acontecer. E a pessoa que era agitada e confiante agora fica insegura, mais reservada se preservando ou se isolando com medo de ficar em algum  lugar público, sozinha, sem poder resolver a situação e ficar sem ajuda.

Existe o caso em que a Síndrome do Pânico pode ser instalada por uso indevido de medicamentos como os que são usados para emagrecer, sem nenhum controle ou orientação médica ou em casos de uso de psico-estimulantes como drogas e, nesses caso, o Transtorno do Pânico é originário de forma secundária, ou seja, foi provocado e surgiu devido aos efeitos de anfetaminas usadas de maneira indevida pela pessoa sendo que nessa situação em particular, a Síndrome foi decorrente de outra patologia - a dependência química.

É importante um diagnóstico preciso  para se poder ter um resultado satisfatório no tratamento que deve ser aliado a uma terapia comportamental que seja de maneira gradual e progressiva, sem causar sofrimento ainda maior ao paciente, preparando-o para enfrentar as situações que originaram esse trauma e ao mesmo tempo que seja capaz de retornar à sua vida sem os receios que bloqueiam suas atividades.

O tratamento pode variar de intensidade de acordo com a reação de cada paciente. Normalmente, o tratamento pode chegar até 1 ano e no início a sensação é de que está piorando, mas depois de 3 a 4 semanas os efeitos de melhora começam lentamente a aparecer, só agravando se o tratamento for interrompido .

Em saúde mental, o conceito de cura tem uma conotação diferenciada, pois a importância primordial está em devolver a qualidade de vida ao paciente. 
Os transtornos mentais são amenizados e controlados pelos medicamentos e, dependendo do que foi usado, poderá causar dependência, caso não tenha acompanhamento do psiquiatra. 
O que não pode haver é automedicação.

A família sempre tem importância fundamental no tratamento e consequente resultado na recuperação do paciente.

O apoio sem cobranças, a participação nas atividades incentivando o paciente a retornar ao que gosta, respeitando seu limite e o resultado do tratamento. Verificar também se o paciente não irá fazer uso de drogas durante o tratamento, pois poderá desencadear novas crises de pânico. Portanto, se o tratamento for o correto, a melhora poderá ocorrer.

Teste para síndrome do pânico

Se você tem sentido crises  de forma inesperada, abrupta e sem motivo aparente, avalie quantos desses  sintomas  você apresenta durante a crise:

• Contração muscular (rigidez)
• Taquicardia, Palpitações (o coração dispara)
• Tontura, atordoamento, náusea
• Dificuldade de respirar (boca seca)
 Dormência ou formigamento
• Calafrios (ondas de frio) ou Sudorese (ondas de calor)
• Sensação de "estar sonhando" ou distorções de percepção da realidade
• Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a
acontecer e de estar impotente para evitar tal acontecimento
• Confusão, pensamento rápido
• Dificuldade para relaxar e dormir
• Medo de perder o controle e fazer algo embaraçoso. Irritabilidade.
• Medo de morrer , dor no peito.
• Vertigens ou sensação de debilidade, desmaio. 

Atenção : Se apresentar 4 ou mais sintomas: procure um médico. 
Você pode estar manifestando sinais de uma síndrome do pânico.

Importante: É essencial lembrar que o teste não serve como diagnóstico, serve apenas como uma ferramenta de autoconhecimento  e  não substitui a consulta com um médico, seja ele um psicólogo, psiquiatra ou de outra especialidade, sendo necessária a visita ao consultório médico. 


23 de julho de 2015

Acumuladores- Disposofobia- Transtorno de Acumulação Compulsiva - Luiza Gosuen

"Acumulador Compulsivo é um transtorno emocional onde a pessoa armazena objetos na tentativa de reaver o que a vida foi-lhe retirando no decorrer do tempo, com acontecimentos traumáticos ou desagradáveis. Então, guarda tudo de qualquer jeito e sem nenhum cuidado numa forma desorganizada de punição a si próprio, como se a vida lhe tivesse passado como um furacão, destruindo tudo e arrancado-lhe o sentido de viver. Só conseguirá se reerguer e colocar tudo novamente em ordem, quando perceber que o furacão já passou."  Luiza Gosuen


A Acumulação compulsiva ou Disposofobia (fobia em guardar coisas), consiste no ato de adquirir ou recolher objetos de pouca ou nenhuma utilidade, muitas vezes até encontrados no lixo. A acumulação compulsiva também é conhecida como Síndrome Diógenes, em referência ao filósofo grego que vivia como um mendigo recolhendo da rua inúmeros objetos sem valor. Talvez seja esse o primeiro relato de acumulação compulsiva na história.

Acumulação compulsiva é um transtorno emocional que abrange o comportamento com atitudes obsessivas dificultando um ato simples, que para muitos é fácil e até corriqueiro, que é o de se desfazer ou indispor de objetos sem necessidade. Isso, geralmente causa transtornos para a pessoa que sofre da doença e para os demais membros da família com prejuízo emocional, social, financeiro, físico e até mesmo legal.

Os Acumuladores Compulsivos juntam grande quantidade de coisas e tudo sem higiene, sem local apropriado para a estocagem, ocupando toda área da casa sem nenhum senso critico em relação à normalidade de funcionamento da casa. Nos casos graves o paciente começa com o armazenamento no próprio quarto, acumulando quinquilharias, colecionando todo tipo de objeto, depois passa para outros cômodos da casa e do quintal, até ficar tudo ocupado sem condições até mesmo de circular dentro da casa. Esse comportamento apavora familiares e amigos, pois além de ser uma atitude que causa angústia a quem vê, tem ainda o problema de surgimento de todo tipo de animal peçonhento devido ao lixo e falta de higiene. 

Importante esclarecer que existe uma notável diferença entre o Acumulador Compulsivo e o Colecionador, pois apesar do Colecionador ser também compulsivo em adquirir objetos para suas diferentes coleções, ele tende a organizar os objetos racionalmente, algumas vezes até em prateleiras ou estantes personalizadas e respeita de maneira sensata o espaço dos demais dentro da casa. Os Acumuladores Compulsivos, por sua vez, são incapazes de organizar o seu espaço de convivência, perdem o autocontrole para adquirir ou se desfazer das coisas, não respeitam os espaços dos demais moradores da casa, que acabam indo embora deixando-o sozinho com suas tralhas.

Qual a relação entre Acumulação Compulsiva e TOC 

Estudos tendem mostrar que a Acumulação Compulsiva (AC) é uma síndrome separada do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) apesar de ter muitos sintomas semelhantes ao TOC como fobias, ansiedade e depressão. Alguns pacientes com Acumulação Compulsiva grave nem sempre apresentam os critérios diagnósticos para o TOC. 

Atualmente o Transtorno de Acumulação Compulsiva está classificado isoladamente no DSM-5 (Classificação Norte- Americana de Psiquiatria), por se tratar de um distúrbio distinto do TOC porém, a Acumulação Compulsiva pode ser um sintoma de certos casos de TOC, quando recebe o nome de “Colecionismo”.
Segundo critérios de diagnóstico da DSM-5,  os sintomas da doença são suficientes para causar sofrimento significativo ou prejuízo no seu desempenho profissional , social e ocupacional do paciente. A maioria dos pacientes com Acumulação Compulsiva (AC) tende a ser de mulheres e em idade mais madura.

Diagnóstico 
Algumas atitudes observadas para definir o diagnóstico de Acumulação Compulsiva(AC):
1- Recolher e acumular excessivamente bens e objetos como sucatas ou lixo, embalagens, jornais velhos, potinhos, eletrodomésticos estragados, etc... e amontoá-los de qualquer maneira.
2- Incapacidade ou grande dificuldade, seguida de angústia e indecisão para descartar os objetos acumulados.
3- Viver em condições precárias de salubridade e em desorganização por conta do acumulo excessivo dos objetos, além de não permitir que ninguém arrume ou limpe essa bagunça.
4- Desvirtuar o espaço da casa para ocupá-lo com os objetos acumulados.
5- Negar que seja exagerado o acúmulo compulsivo de coisas.
6- Ter vergonha e constrangimento deste hábito e, mesmo assim, não conseguir controlar o impulso.

Uma das recomendações dos manuais de classificação, com a finalidades de avaliar a gravidade do quadro é sobre o juízo crítico e noção da morbidade que o portador do transtorno tem sobre sua situação.
Um outro requisito para o diagnóstico de Acumulação Compulsiva é que todos esses sintomas não fazem parte do quadro sintomático de outro transtorno mental, como demência, estados confusionais e o TOC. 

Importante levar em conta os critérios de valores e as crenças dos pacientes sobre seu comportamento de coleta excessiva de objetos. No caso da Acumulação de Animais avalia-se, da mesma forma, o juízo crítico sobre o controle do espaço, os eventuais problemas sanitários envolvidos, a qualidade de cuidados dispensada aos animais, entre outros.

Alguns casos de TOC  que não tiveram sucesso no tratamento se aplicam também no caso dos Acumuladores Compulsivos. 

Existe três critérios importante de sucesso no tratamento e estão atrelados a autocrítica do paciente:
1- Visão boa ou razoável em relação a doença: Quando o paciente reconhece que as crenças e comportamentos referentes à dificuldade de descartar objetos recolhidos e  à desordem são realmente problemáticas e gostaria que não fosse assim.
2- Percepção Pobre em relação a doença: É quando o paciente acredita que  seu comportamento referentes a dificuldade para descartar objetos, à desordem ou acúmulo excessivo não são problemáticas, apesar das evidências mostrarem o contrário.
3- Percepção Delirante da doença: Quando o paciente está completamente convencido de que seus comportamentos apresentados não causam problemas nem para ele nem para os outros, e que tudo é normal. A ausência dessas percepções é um dos fatores consistentemente associados ao insucesso do tratamento, bem como ao abandono dos medicamentos e da terapia.


Embora a acumulação compulsiva não seja uma perturbação mental presente desde sempre na vida da pessoa, alguns traços de personalidade cumulativa e comuns nesse transtorno podem ter existido precocemente como guardar cadernos de anos passados, roupas que não servem mais, objetos quebrados ou remendados, cartas ou bilhetinhos de pessoas que passaram pela sua vida, etc... Em momento oportuno eclode a doença, seja depois da morte de um familiar, diante de dificuldades econômicas, de conflitos pessoais ou profissionais, enfim, depois de uma experiência vivencial mais traumática. 

Tratamento
A terapia cognitivo-comportamental é um tratamento adequado, pois atua diretamente nos problemas emocionais do paciente para localizar as causas da acumulação compulsiva e descobrir as raízes da ansiedade. Essa terapia pode durar meses e até anos e exige grande persistência do paciente no processo de recuperação para garantir sucesso e que, o paciente acumulador compulsivo possa readquirir novos hábitos , equilíbrio emocional e normalidade nas atividades de vida diária.

A terapia pode algumas vezes ser combinada com a medicação, agilizando os resultados. Os medicamentos usados são semelhantes aos que são administrados em pacientes que sofrem de transtornos obsessivos compulsivos, que são os inibidores da reposição de serotonina, além de outros antidepressivos.