19 de fevereiro de 2015

Ortorexia- Nossos alimentos X Nossas emoções - Luiza Gosuen


                      Medicina Chinesa - nossos remédios estão na natureza.

                                                         *Alimentos x Emoções*

*Banana:contra a ansiedade*














*Se você anda mais ansiosa que o normal, aposte na banana para elevar os níveis de serotonina. 
Quando os níveis desse neurotransmissor estão baixos, falha a comunicação entre as células cerebrais,então você fica irritada e especialmente ansiosa. A fruta combina doses importantes de triptofano e vitamina B6. Juntas, as duas substâncias se tornam poderosíssimas na produção da serotonina. *

*Quanto consumir: 2 unidades por dia*

*Mel: pura alegria*











*Triste sem motivo? De novo a causa pode ser a serotonina de menos.
Nesse caso, o mel funciona como um calmante natural, pois aumenta a eficiência da serotonina no cérebro. 
Ele atua também,quando alcança o intestino, ajuda a regenerar a microflora intestinal, que se torna mais propício para a produção de serotonina. 

Consequentemente você se sentirá mais feliz, pois cerca de 90% do neurotransmissor do bom humor é produzido no intestino. *

*Quanto consumir: 1colher (sopa) / dia.*

*Abacate: amigo do sono*













*Dormir é tão importante para viver bem quanto comer direito e fazer exercícios. Quanta tiver com problemas de insônia, experimente usar abacate em sua alimentação. Apesar de ser um alimento que tem gordura, mas é uma gordura boa. 
Rico em vitamina B3 que equilibra os hormônios que regulam as substâncias químicas cerebrais responsáveis pelo sono. Já o ácido fólico funciona como se fosse uma enzima, alimentando os neurotransmissores que fazem você dormir bem.

Quanto consumir: ½ abacate pequeno, 3 x / semana*.

*Salmão: levanta o astral*



 
*Mau humor constante pode ser sinal de falta de ômega 3 no prato. 
O representante oficial dessa gordura amiga é o salmão. Mas existem outros peixes (atum, arenque e sardinha) que jogam seu astral lá para cima. 
O ômega 3 melhora o ânimo porque aumenta os níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina - substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar. Estudos também comprovam que este ácido graxo tira os radicais livres de cena e assim protege o sistema nervoso central.

*Quanto consumir: 1 porção, 3 x /semana.*

*Lentilha: afasta o medo*



*Angústia e medo podem estar relacionados ao desequilíbrio de cálcio e magnésio. Essa dupla atua no balanceamento das sensações. 



Além de incluir alimentos com cálcio (queijo e iogurte) e magnésio (acelga) na dieta, consuma também mais lentilha. Ela tem efeito ansiolítico, ou seja, tranquiliza e conforta. Isso porque é precursora da Gaba, neurotransmissor que também interfere nos sentimentos. *

*Quanto consumir: 3 conchas pequenas / semana.*

*Nozes: mantém você concentrada*




*São muitos os nutrientes das nozes. Mas é a vitamina B1 a responsável por essa fruta oleaginosa melhorar a concentração, pois a B1 imita a acetilcolina, neurotransmissor envolvido em funções cerebrais relacionadas à memória. *

*Quanto consumir: 2 nozes, 4x / semana*.


*Chá verde: espanta o estresse*





*Essa erva, a Camellia sinensis, tem fitoquímicos (polifenóis e catequinas) capazes de neutralizar as substâncias oxidantes presentes no organismo que, em excesso, deixam você cansada e estressada e acabam desorganizando o funcionamento do organismo. O estresse é capaz de desencadear a síndrome metabólica, culpada por doenças como a obesidade e a depressão. 
Beber chá verde, conforme alguns estudos, melhora a digestão e deixa a mente lenta.*

*Quanto consumir: 4 a 6 xícaras (chá) / dia.*

*Brócolis: deixa a mente esperta*




*Este alimento é rico em ácido fólico, acelera o processamento de informação nas células do cérebro, conseqüentemente, melhorando a memória. Porções extras desta verdura vão fazer você lembrar de tudo rapidinho. *

*Quanto consumir: 1 pires / dia.*

*Clorela: controla a preocupação*




*Comportamento obsessivo pode ser sinal de que as células do organismo estão desvitalizadas. 
A alga clorela funciona como um poderosíssimo reparador celular, melhorando as funções fisiológicas e o sistema imunológico. 
E mais: contém vitaminas (B3, B6, B12 e E) e minerais (cálcio, magnésio e fósforo) e aminoácidos (triptofano) que ajudam a estabilizar os circuitos nervosos, acabando com a aflição e aumentando a sensação de conforto. *

*Quanto consumir: de 2 a 4g / dia (cápsula)*

*Óleo de linhaça: dribla o apetite voraz*




*O óleo extraído da semente de linhaça e prensado à frio é uma fonte vegetal riquíssima em gordura ômega 3, 6 e 9.  É 
um dos poucos alimentos com ômega numa proporção próxima do ideal, o que é imprescindível para que exerça suas funções benéficas. Uma delas é regular os hormônios que ajudam a manter o sistema nervoso saudável. Com isso, a ansiedade perde espaço e a
compulsão por comida fica bem menor.

*Quanto consumir: 1 colher (sobremesa) /dia, antes das refeições principais. *

*Gérmen de trigo: acaba com a irritação*




*Assim como as nozes, o gérmen de trigo tem vitamina B1 e inositol, que reforçam a concentração. Mas por ter uma boa dose de vitamina B5, o gérmen é especialmente indicado como calmante, já que melhora a qualidade de impulsos nervosos, evitando nervosismo e irritabilidade. *

*Quanto consumir: 2 colheres (chá) / dia.*

*Tofu: espanta o desânimo*




*O queijo de soja tem o dobro de proteínas do feijão e uma boa dose de cálcio. Também é rico em magnésio (evita o enfraquecimento das enzimas que participam de produção de energia) e ferro (combate a anemia). Quando estes minerais estão em baixa no organismo, você se sente fraca e sem ânimo. Mas é a colina, substância que protege a membrana das células cerebrais, que dá ao tofu o poder de acabar com o cansaço mental.*

*Quanto consumir: 1 fatia média/ dia*.


** NOTA IMPORTANTE** 

O excesso de cuidado para uma alimentação, onde comer bem de maneira obsessiva pode causar uma doença chamada ORTOREXIA


Ortorexia é a fixação em alimentar-se bem apenas com alimentos naturais.Termo de origem grega, descrito pelo médico norte-americano Steven Bratman, autor do livro "Health Food Junkies". Apesar de ser uma classificação alertada por profissionais de saúde como uma obsessão patológica por uma alimentação nutritiva, pura e biológica, a verdade é que este transtorno alimentar não foi ainda incluido em manuais de psquiatria como o DSM (Diagnistic and Statistical Manual of Mental Disorders), da sociedade norte-americana de Psiquiatria.


Com o modismo de ser saudável e comer bem, muitas pessoas não percebem que exageram nessa prática e ultrapassam o limite do que é alimentação saudável e obsessão por alimentos naturais, ficando obstinado em conhecer tudo sobre o alimento e como foi cultivado como o tipo de terreno plantado, água usada na irrigação, como é armazenado, como é industrializado e embalado e se tornam escravos da alimentação, dispensando todo e qualquer tipo de alimento inclusive em cardápio de crianças pequenas que precisam se alimentar adequadamente com todo tipo de alimento que efetivamente faça parte da boa alimentação.


A pessoa com esse distúrbio se afasta de tudo e de todos. Não vai a um jantar em casa de amigos, não leva a criança no aniversário do coleguinha, não vai a um restaurante em família( e quando vai leva sua marmita), se tornando alguém desagradável e até inapropriado para o convívio com as demais pessoas, por se achar "puro" e que não deve se misturar com as demais pessoas que não tem os mesmos "cuidados alimentares" que ele tem.


Alimentar-se bem, selecionar os alimentos de maneira o mais saudável possível, evitar alimentos gordurosos e com muito açúcar e estar atento ao nível das calorias é muito importante, mas obsessão por achar que tudo não é bom e que vai causar desequilíbrio na saúde é um fronteira perigosa que deve ser analisada com muita atenção. 


Esse distúrbio deve ser considerado pela pessoa que deve procurar ajuda com profissionais nutricionista e psiquiatra, conforme o caso, para uma ajuda que possa trazer conforto no comportamento alimentar e tranquilidade emocional ao paciente. 



12 de fevereiro de 2015

A difícil tarefa de educar filhos- Luiza Gosuen



Certa vez ouvi em uma palestra que uma das tarefas mais difíceis de conseguir realizar é a de educar os filhos

Tudo começa em um pacato ambiente de uma casa de recém-casados onde todos os objetos têm seu lugar certo, com decoração primorosa, plantas bem cuidadas e a preparação do quarto do bebê com cores suaves, cheiros pueris, bichinhos de pelúcia, laços e fitas.

Chega então o dia de trazer do hospital para casa, aquele "pacotinho" tão esperado. Ás primeiras horas tudo é como o desfrutar do paraíso até que, chega a hora da primeira mamada sem a enfermeira para ajudar a mãe, depois o primeiro banho que envolve quase todos da família cuidando para enxugar bem as dobrinhas, fazer a dobradura da fralda - para as mães com consciência ecológica que usam fraldas de pano -, ou saber ajustar a fralda descartável, colocar a roupinha, pentear os cabelinhos e, claro, mesmo que algumas mães digam que não o fazem, colocar umas gotinhas de aroma infantil nos braçinhos. Parece uma tarefa interminável e daqui a pouco outra mamada e, finalmente, depois de muito choro do bebê e da mãe de primeira viagem, a paz volta a reinar. Psiu! o bebê dormiu....

Aqui já percebemos que tudo ficou em função da criança e não pense que termina quando ela dorme, aí é hora de arrumar a bagunça do banheiro depois do banho, lavar as roupinhas trocadas, preparar papinhas, sucos, chás, ferver as mamadeiras. Nossa, terminou! e, quando a mãe senta, ... Surpresa!! ... o bebê acordou e tudo recomeça...

Esse ritual desenvolvido hoje em dia onde tudo tem que ser para o bebê e na hora, pois ele não pode esperar, faz com que as crianças cresçam achando que são os "reizinhos"  e que todos são seus súditos.

Só que não tem que ser assim. Nenhum mal acontecerá se a criança chorar e tiver que esperar. É preciso conversar com o bebê para que ele saiba que a mãe está por perto,  para que sinta segurança ao ouvir a voz da mãe , com isso o bebê começa a aprender que a mãe se divide em outras atividades e que é preciso aprender a esperar. Pode ser que tenha outro irmãozinho, tarefas da casa, estar na cozinha com algo no fogo ou atendendo ao telefone. Seja o que for, a mãe não tem que sair desesperada para atender ao primeiro sinal que seu filho tenha acordado.

É preciso expressar  com suavidade seu amor e mesmo que o bebê esteja lá no quarto dele e a mãe em outro local, não sentirá abandonado e ficará tranquilo, se entretendo com os enfeites e móbiles que você prazeirosamente confeccionou para ele.

Outra coisa, não tente evitar todos os ruídos da casa, isso deve ser parte do cotidiano e o bebê terá que se acostumar a eles.

Existem videos e muito material na internet com dicas excelentes que ajudam os pais, bem como cursos e uma infinidade de bons livros que ajudam os pais que se sentem inseguros no cuidado com os filhos .

Quando já em idade escolar,  por volta dos dois anos, as crianças irão para creches ou escolinhas, os pais então precisam estar preparados e saber que quem irá educar seu filho são eles, pais,  e não a escolinha ou creche, estas apenas irão cuidar, entreter, brincar, socializar.

Em casa, é tarefa dos pais  dar limites,  compartilhar e ensinar que a atenção não é exclusiva para ela, que precisa esperar sua vez, que nem tudo que o coleguinha tem ,necessariamente ela terá que ter também. Que a professora , pajem ou babá é também autoridade e que deve ser respeitada, que o espaço e os brinquedos devem ser compartilhados e que só deve levar para casa se for dela e, principalmente, algo muito esquecido hoje em dia inclusive pelos pais, que é ensinar a criança a agradecer, a esperar sua vez para ser servida, a ser gentil e a obedecer um "não", a respeitar as diferenças e os valores individuais e, acima de tudo saber seus direitos e deveres.

Essas são tarefas dos pais. São parte da formação do caráter que os filhos aprenderão por imitação, ou seja, vendo como os pais fazem, dizem e agem.

Quando sair com seu filho não fique instigando-o a pedir o que está na vitrina: "olha filho, que lindo!", "você não quer, filho?", "é igual ao do seu amiguinho", "filho, quer um sorvete", "vamos experimentar  esse salgadinho, é novo..", "quer sanduíche?"...quer....quer....quer....

São os pais que provocam o consumismo nas crianças e as entopem de besteiras, doces, chocolates , gorduras de toda espécie e depois reclamam que os filhos querem tudo que veem pela frente. Que só gostam de roupas e sapatos de marca e que precisam ficar mais bonito que o vizinho ou amiguinho. Mas quem desperta esse sentimento de inveja e de consumismo? E caso  tenham visto na mídia, onde está a autoridade dos pais para orientar e dizer "não" quando é preciso?

É ridículo ver pais perguntando ao filho o que fazer. "Você quer comer?", "Vamos embora?", "Você não quer dormir?". Essas são atitudes de pais que se deixam dominar por uma criança que faz o que bem quer e, como as crianças  como são egocêntricas , percebem e aproveitam a insegurança e o despreparo de pais para conseguir tudo e com isso  manipular toda a situação.

Limites, horários, alimentação, programas de tv, companhias e escolha da diversão são responsabilidade dos pais não são decisões das crianças.

Se os pais não colocarem regras e não firmarem valores, quando os filhos começarem a ter "coleguinhas" , já na fase de puberdade, se preparem para perdê-los para as más companhias, drogas, sexo antes da hora e sem preparo, noitadas, fugas da escola, bebidas, baladas, vícios e atitudes de desrespeito ao próximo que vão chegando aos pouquinhos sem que os pais percebam. E se os filhos não são regrados, os pais demoram mais tempo para perceber que alguma coisa está errada, e aí já pode ser tarde.

Os adolescentes acham que estão sempre imunes a tudo, que nada lhes acontecerá. Mas ainda nessa fase é preciso controlar as atividades de seus filhos, e agora com maior vigilância, como: saber a quantidade  de horas de sono; horário para desligar o computador e que uso fazem do mesmo ( principalmente se tem quarto individual); saber que tipo de sites acessam;  quais os amigos da rede, inclusive os virtuais. Saber usar o celular com discernimento, lembrando que amizades são importantes, mas que conversar olhando nos olhos, se tocar, dar risadas e se divertir é muito mais saudável do que ficar anestesiado diante uma tela ignorando tudo e todos à sua volta. E, quando sair com os amigos deixar o celular guardado e dar atenção a quem está com você no momento. Muitos adolescentes chegam ao ponto de se comunicar dentro de casa, com seus familiares, apenas através do celular, não existe mais diálogo. Pais e filhos estão, muitas vezes, dominados pelo aparelho e não desgrudam os olhos dele. Não mais se comunicam e a atenção na maioria do dia é para "amigos" que nem conhece na realidade.   
O sono quando não é respeitado altera todo o relógio biológico do corpo, bem como diminui reflexos, memória, concentração principalmente se vão à escola pela manhã.

Lembrando que a criança pequena tem que ir cedo para a cama, nada justifica ficar até tarde na tv e ir se deitar à meia noite. Até os 15 anos, o certo é desligar tudo, ou se estiver estudando, fechar os livros e descansar por volta de 23 horas, pois é na adolescência que o corpo passa pelo processo de maior crescimento , que é o estirão, onde os hormônios são liberados durante o sono e um adolescente precisa dormir cerca de 9 h  por noite.

Converse com seus filhos, estabeleça prioridades e se for possível não deixe computador ou tv no quarto, pois esses instrumentos estimulam a postergar a hora de dormir. Incentive-o a ter alguma atividade relaxante antes de dormir como ouvir uma música tranquila, ler ou mesmo tomar um banho  e que na hora de acordar tenha compromisso de fazê-lo sozinho. Se tiver tido uma noite adequada de sono, acordará na hora certa mas se não conseguir, que use um despertador. Evite deixar o celular  ligado ao lado da cabeceira, sendo recomendado para crianças acima de 13 anos e que , preferencialmente, deva permanecer desligado durante o sono.

Quando  o adolescente começar a sair, os papéis devem ser bem definidos, ou seja, os pais não são "amiguinhos" de seus filhos, não têm que ficar imitando-os ou usando o mesmo estilo de roupas e penteados deles. Lembre-se que são os pais, e  a segurança deles depende de vocês. Portanto, indaguem onde vai, com quem vai (ligue para confirmar), exija que o celular permaneça ligado, leve até o local se for preciso, pergunte quem estará lá (converse com os pais desses amigos). Não tenha receio de ser chato. Pai "chato" tem filho vivo e saudável.

Não dá para confiar, eles são inconsequentes e precisam sim de rédeas curtas. A Bíblia nos ensina que:  "Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando ela for de idade não se desviará dele" (Provérbios 22:6)

Para muitos, falar de valores, regras  e normas, estar atento a contatos de redes sociais, cumprir horários e obrigações é ser careta. Não dê ouvidos, sejam então pais "caretas"  e demonstrem o quanto amam seus filhos. Tenham certeza de que eles não irão desprezar seus ensinamento e seu amor. O que eles desprezam é pais que se preocupam com eles próprios, que ficam em bares, que vivem nas noitadas e mães que só se preocupam com espelhos.
Isto não quer dizer que vocês tenham que matar seu filho de vergonha, querendo ficar na roda dos amigos deles, escutando o que conversam ou sendo indiscretos. Vão com calma. Saibam que, se ensinaram com amor, se dispensaram tempo para com a educação deles, podem deixar que caminharão com tranquilidade e serão seu orgulho.

9 de fevereiro de 2015

Alzheimer (TESTE PREVENTIVO)- Pesquisa recente traz esperança para portadores - Luiza Gosuen


PERGUNTAS E PONTUAÇÕES DO SISTEMA RÁPIDO DE AVALIAÇÃO DA DEMÊNCIA:
O teste avalia mudanças nas habilidades cognitivas e funcionais do paciente. Você deve comparar o paciente agora com o que ele costumava ser - a questão central é a mudança. Em cada categoria, escolha a frase que melhor descreve o paciente e anote quantos pontos equivale. Some os pontos de cada questão e veja, ao final do teste, o que essa pontuação significa.
Nem todas as características precisam estar presentes para que a resposta seja escolhida.

MEMÓRIA

0 ponto - Não há perda de memória óbvia. Esquecimentos irregulares que não interferem com as atividades diárias
0,5 ponto - Esquecimento leve e regular ou parcial de eventos, que pode interferir com atividades diárias; repete perguntas e frases, coloca objetos em lugares incomuns; esquece compromissos
1 ponto - Perda de memória leve a moderada, mais perceptível quando se trata de eventos recentes; interfere com as atividades diárias
2 pontos - Perda de memória moderada a severa; novas informações são rapidamente esquecidas; só lembra de informações aprendidas com muito esforço
3 pontos - Perda de memória severa; quase impossível recordar novas informações; memória de longo prazo pode estar afetada

ORIENTAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL

0 - Plenamente orientado quanto a pessoas, espaço e tempo praticamente sempre
0,5 - Leve dificuldade em manter controle do tempo; pode esquecer datas com mais frequência do que no passado
1 - Dificuldade leve a moderada em acompanhar o tempo e sequências de eventos; esquece o mês do ano; orientado em locais familiares, mas fica confuso fora de espaços conhecidos; perde-se e fica vagando
2 - Dificuldade moderada a severa; geralmente desorientado quanto a tempo e espaço (familiar ou não); frequentemente tem dificuldade em lembrar do passado
3 - Orientado apenas quanto ao próprio nome, ainda que possa reconhecer parentes

TOMADA DE DECISÕES E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

0 - Resolve problemas cotidianos sem dificuldades; lida bem com questões pessoais e financeiras; habilidades de tomada de decisões consistentes com seu histórico
0,5 - Leve debilidade (ou maior demora) na resolução de problemas; dificuldade com conceitos abstratos; decisões ainda coerentes
1 - Dificuldades moderadas em lidar com problemas e tomar decisões; delega muitas decisões a terceiros; percepção e comportamento sociais podem estar levemente comprometidos; perda de discernimento
2 - Gravemente debilitado em lidar com problemas, tomando apenas decisões pessoais simples; percepção e comportamento sociais frequentemente debilitados; sem discernimento
3 - Incapaz de tomar decisões ou resolver problemas; terceiros tomam quase todas as decisões para ele ou ela

ATIVIDADES FORA DE CASA

0 - Leva adiante sua profissão de forma independente, realiza compras, atividades comunitárias e religiosas, voluntárias e em grupos sociais
0,5 - Leve debilidade nessas atividades se comparado a desempenhos prévios; leve mudança nas habilidades como motorista; ainda capaz de lidar com situações de emergência
1 - Incapaz de funcionar de modo independente, mas ainda capaz de acompanhar compromissos sociais; parece "normal" a terceiros; mudanças perceptíveis nas habilidades como motorista; preocupações quanto à habilidade dela de lidar com situações de emergência
2 - Sem habilidade de praticar atividades fora de casa de forma independente; parece bem o suficiente para ser levado para atividades exteriores, mas geralmente precisa estar acompanhado
3 - Incapaz de praticar atividades de forma independente; parece muito doente para ser levado a atividades fora de casa

HABILIDADES EM CASA E HOBBIES

0 - Atividades em casa, hobbies e interesses pessoais mantidos em relação ao comportamento prévio
0,5 - Leve debilidade ou perda de interesse nessas atividades; dificuldade em operar equipamentos (sobretudo os mais novos)
1 - Debilidade leve porém definitiva em casa e em hobbies; abandonou tarefas de maior dificuldade, bem como hobbies e interesses mais complexos
2 - Preservadas apenas as atividades diárias mais simples; interesse muito restrito em hobbies, cumprido com pouco rigor
3 - Sem habilidade significativa em tarefas domésticas ou em hobbies prévios

HÁBITOS DE HIGIENE PESSOAL

0 - Totalmente capaz de se cuidar, vestir, lavar, tomar banho, usar o banheiro
0,5 - Mudanças leves nas habilidades com essas atividades
1 - Precisa ser lembrado de ir ao banheiro, mas consegue fazê-lo de forma independente
2 - Precisa de ajuda para se vestir e limpar; ocasionalmente incontinente
3 - Requer considerável ajuda com a higiene e cuidado pessoal; incontinência frequente

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO E PERSONALIDADE

0 - Comportamento social apropriado, nas esferas pública e privada; nenhuma mudança na personalidade
0,5 - Mudanças questionáveis ou muito leves em comportamento, personalidade, controle emocional, pertinência das escolhas
1 - Mudanças leves em comportamento ou personalidade
2 - Mudanças moderadas em comportamento ou personalidade, afetando a interação com as pessoas; pode ser evitado por amigos, vizinhos ou parentes distantes
3 - Severas mudanças de comportamento ou personalidade, tornando inviáveis ou desagradáveis as interações com terceiros

HABILIDADES DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

0 - Nenhuma dificuldade de linguagem ou esquecimento de palavras; lê e escreve tão bem quanto no passado
0,5 - Dificuldade leve porém mostra consistência em encontrar as palavras ou termos descritivos; pode levar mais tempo para completar raciocínio; leves problemas de compreensão; conversação debilitada; pode haver efeitos sobre leitura e escrita
1 - Dificuldade moderada em encontrar as palavras certas; incapaz de nomear objetos; notável redução em vocabulário; compreensão, conversação, leitura e escrita reduzidas
2 - Debilidades moderadas ou severas na fala ou na compreensão; dificuldade em comunicar pensamentos aos demais; habilidade limitada em leitura e escrita
3 - Deficits severos em linguagem e comunicação; pouca ou nenhuma fala compreensível

HUMOR

0 - Nenhuma mudança de humor, interesse ou motivação
0,5 - Ocasionais momentos de tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação
1 - Questões moderadas porém diárias com tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação
2 - Questões moderadas com tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação
3- Questões severas com tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação

ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO

0 - Atenção normal, concentração e interação com o meio que o rodeia
0,5 - Problemas leves de atenção, concentração ou interação com o ambiente; pode parecer sonolento durante o dia
1 - Problemas moderados de atenção e concentração; pode ficar olhando fixamente para um ponto no espaço ou de olhos fechados durante alguns períodos; crescente sonolência durante o dia
2 - Passa parte considerável do dia dormindo; não presta atenção ao seu redor; quando conversa diz coisas sem lógica ou que não têm relação ao tema
3 - Habilidade limitada ou inexistente para prestar atenção ao ambiente externo.
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PONTUAÇÃO: O teste não equivale a um diagnóstico médico. A pontuação final vai de zero a 30, e pontuações mais altas sugerem maior perda cognitiva. Os padrões de avaliação, a partir da aplicação do teste em 267 pacientes, indicam que:
Normal: 0-1 pontos
Leve debilidade cognitiva: 2 a 5 pontos
Demência leve: 6 a 12 pontos
Demência moderada: 13 a 20 pontos
Demência severa: 20 a 30 pontos
Pontuações altas indicam que o paciente deve passar por uma avaliação médica para um diagnóstico formal. Pontuações "normais" sugerem que é improvável que o paciente sofra de demência, mas é possível também que a doença esteja em estágios muito iniciais. Caso haja suspeitas de demência por outros motivos, é bom buscar ajuda profissional.
(O teste é de autoria de James E Galvin e New York University Langone Medical Center)
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 Doença de Alzheimer é testada e revertida pela primeira vez

A doença de Alzheimer foi revertida pela primeira vez no Canadá e com sucesso. Uma equipe de investigadores canadenses, da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, usou uma técnica de estimulação cerebral profunda, diretamente no cérebro de seis pacientes, conseguindo travar a doença. O estudo vem publicado na «Annals of Neurology».
Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros quatro, o processo de deterioração parou por completo.
Nos portadores de Alzheimer, a região do hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona nessa área cerebral, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Sendo assim, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.
Imagens cerebrais revelam que o lobo temporal, onde está o hipocampo e o cingulado posterior, usam menos glicose do que o normal, sugerindo que estão desligadas e ambas têm um papel importante na memória.
Para tentar reverter esse quadro degenerativo, Lozano e sua equipa recorreram à estimulação cerebral – enviar impulsos elétricos para o cérebro através de eléctrodos implantados.
O grupo instalou os dispositivos perto do fórnix – um aglomerado de neurônios que enviam sinais para o hipocampo – dos pacientes diagnosticados com Alzheimer há pelo menos um ano. Os investigadores aplicaram pequenos impulsos eléctricos 130 vezes por segundo.
Testes realizados um ano depois mostram que a redução da glicose foi revertida nas seis pessoas. Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida.
Os cientistas admitem, no entanto, que a técnica ainda não é conclusiva e que necessita de mais investigação. A equipa vai agora iniciar um novo teste que envolvem 50 pessoas. 

Mal de Alzheimer
Existem vários tipos de demência, em que há decréscimo das capacidades de funcionalidade, comprometimento das funções cognitivas – atenção, percepção, memória, raciocínio, pensamento, linguagem etc. – e da capacidade físico-espacial. 
O Mal ou Doença de Alzheimer é a principal causa de demência que causa problemas de memória, pensamento e comportamento. A doença é responsável por 50% a 80% dos casos de demência no mundo.
O Alzheimer é degenerativo, mais comum após os 65 anos de idade e caracteriza-se pela perda progressiva de células neurais. A médica Sonia Brucki, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, explica que há um acúmulo anômalo de algumas proteínas no tecido cerebral que provoca a morte dos neurônios. 
“Até agora se acredita que isso seja multifatorial, causado por componente genético, fatores externos (baixa escolaridade, por exemplo), alterações vasculares (hipertensão, diabetes etc.), traumatismos cranianos com perda de consciência, alterações nutricionais e depressão”, enumera. Outros problemas podem causar demências, por exemplo, deficit de vitaminas, doenças da tireoide, alterações renais, portanto doenças que podem ser evitadas.
Atualmente, não existe medicação disponível para evitar esse acúmulo de proteínas, mas há medicamentos que retardam a progressão do Alzheimer. Algumas medicações, fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aumentam uma substância no cérebro que, em menor quantidade, traz alterações na memória. 
Os sintomas geralmente são desenvolvidos lentamente e pioram com o tempo. Alguns pacientes conseguem ter uma redução progressiva da doença, mas outros não conseguem voltar à normalidade. Em casos mais graves, o paciente pode ter apatia, depressão, alucinação e pensamentos delirantes. 
O médico neurologista Fábio Henrique de Gobbi Porto diz que o principal sintoma é a dificuldade de aprender coisas novas. O idoso não consegue se lembrar de fatos recentes como, por exemplo, o dia da semana. Tem também dificuldade para fazer contas. 
Segundo ele, na fase inicial, o paciente pode ser lembrado de informações importantes e ter o suporte da família. Na fase moderada, tem uma dependência maior da família e, às vezes, existe mudança do comportamento. Na fase mais grave, tem dificuldade para realizar funções básicas, como urinar, dificuldade para engolir e até agressividade. A fase mais grave dura, em média, oito anos.
A família precisa ficar atenta a qualquer decréscimo de qualquer capacidade da pessoa, seja memória, dificuldade de realizar tarefas complexas, nomear coisas, problemas de linguagem. “Nem sempre começa com problemas de memória”, alerta Brucki.
Ainda não existe cura para o Mal de Alzheimer, mas alguns estudos testam medicações que poderiam estacionar a doença. De acordo com o neurologista Fábio Henrique de Gobbi Porto, já foi provado cientificamente que a escolaridade, principalmente na fase mais básica, é um fator protetor contra o Alzheimer. 
Além disso, a prática de exercícios físicos e uma dieta saudável previnem a doença. “Algumas teorias dizem que a atividade física aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro, aumenta a lavagem (retirada) da proteína do Alzheimer que se acumula no cérebro, além de melhorar o humor e a saúde em geral”, explica.

Pesquisadores australianos criaram uma tecnologia de ultra-som não-invasiva que limpa o cérebro 

das placas amilóides neurotóxicos responsáveis ​​pela perda de memória e pelo declínio da 

função cognitiva em pacientes com Alzheimer.

Se uma pessoa tem a doença de Alzheimer, isso é geralmente o resultado de uma acumulação de dois tipos 
de lesões - placas amilóides e emaranhados neurofibrilares. As placas amilóides ficam entre os neurônios
e criam aglomerados densos de moléculas de beta-amilóide.

Os emaranhados neurofibrilares são encontrados no interior dos neurónios do cérebro, e são causados por 
proteínas Tau defeituosas que se aglomeram numa massa espessa e insolúvel. Isso faz com que pequenos
filamentos chamados microtúbulos fiquem torcidos, perturbando o transporte de materiais essenciais, como 
nutrientes e organelas.
Como não temos qualquer tipo de vacina ou medida preventiva para a doença de Alzheimer - uma doença 
que afeta 50 milhões de pessoas em todo o mundo - tem havido uma corrida para descobrir a melhor forma 
de tratá-la, começando com a forma de limpar as proteínas beta-amilóide e Tau defeituosas do cérebro dos
pacientes.

Agora, uma equipa do Instituto do Cérebro de Queensland, da Universidade de Queensland, desenvolveu 
uma solução bastante promissora. Publicando na Science Translational Medicine, a equipe descreve a técnica 
como a utilização de um determinado tipo de ultra-som chamado de ultra-som de foco terapêutico, que envia 
feixes feixes de ondas sonoras para o tecido cerebral de forma não invasiva.

Por oscilarem de forma super-rápida, estas ondas sonoras são capazes de abrir suavemente a barreira
hemato-encefálica, que é uma camada que protege o cérebro contra bactérias, e estimular as células 
microgliais do cérebro a moverem-se. As células da microglila são basicamente resíduos de remoção de 
células, sendo capazes de limpar os aglomerados de beta-amilóide tóxicos.

Os pesquisadores relataram um restauro total das memórias em 75% dos ratos que serviram de cobaias 
para os testes, havendo zero danos ao tecido cerebral circundante. Eles descobriram que os ratos 
tratados apresentavam melhor desempenho em três tarefas de memória - um labirinto, um teste para levá-los
 a reconhecer novos objetos e um para levá-los a relembrar lugares que deviam evitar.
Fonte: Ciência online/março 2015

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